terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Quando a criatividade pede submissão...





Em Jesus tens a palma da vitória, minh’alma;
E também doce calma pelo sangue da cruz!
(MACALÃO e PALMER, Em Jesus tens a palma da vitória, HC075)

Um mal do mundo contemporâneo é a necessidade de se afirmar enquanto detentor de poder evidenciando a valorização da figura hierárquica e empobrecendo as relações onde o bem comum é priorizado. Porém Barbosa[1] defende que quando a igreja opta pela idéia de poder, enquanto algo que traz privilégios e revela a idéia de domínio, ela nega necessariamente a liberdade e o amor.
Diante dessa idéia de poder, que em nada tem haver com a questão relacionada ao espiritual, pode ser percebido que ele é prejudicial ao desenvolvimento de um ministério cristão criativo inspirado pelo exemplo de Cristo e deve ser combatido por aqueles que almejam anunciar as boas novas.
Ao contrário da idéia de poder e domínio, a submissão ao Pai apresenta-se como uma forma de se permitir ser conduzido pelo Criador e assim ser o caminho que promove a comunhão entre as pessoas.[2] Ela é a disciplina espiritual que conduz a liberdade de interagir com as pessoas em uma mesmo ideal que é a adoração ao Criador, porém ela vem sendo sistematicamente negada e negligenciada.
Se permitir viver a disciplina espiritual da submissão é atender a um chamado radical. Um chamado que leva o ministro cristão a não mais fazer algo que ele queira, mas a morrer para ele mesmo e abrir mão das próprias ambições temporais e focar no que é eterno.[3]

A luz dessa nova liberdade da humilhação, de conhecermos a verdade sobre quem somos, respondemos que nossos talentos não são nossos, eles vêm do nosso Deus Criador criativo. (CARD, 2008, p. 78)

É quando o homem se permite, através da submissão ao Pai, viver a liberdade da humilhação que ele passa a se conhecer e reconhecer suas capacidades e limitações. É o momento em que o ministro compreende que é dependente do Criador. O ministério só passa a ser criativo quando há o entendimento que é o Cristo criativo que o inspira.
César[4] afirma que para viver um ministério frutífero é preciso amar e se deleitar com a idéia de que o ser humano é pequeno e frágil. É só mediante a consciência do quão dependente é, que o homem passa a viver com ousadia. Na fraqueza há o terreno fértil para que Cristo possa ter liberdade de manifestar o poder que provoca criatividade para a glória de Deus.
Enfim, Nouwen[5] afirma que o líder do futuro será justamente o que ousar assumir sua irrelevância no mundo como uma vocação divina que o leva a depender de Deus. É quando a submissão possibilita ao homem se deixar ser usado por Deus proporcionando uma força criativa no ministério e produzindo bons frutos.


[1] BARBOSA, 2009, p. 168.
[2] BARBOSA, 2009, p. 171.
[3] CARD, 2008, p. 82.
[4] CÉSAR, Marília de Camargo. Feridos em nome de Deus. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2009. p. 40.
[5] NOUWEN, 2002, p. 18.


Um comentário:

linguagembiblica.blogspot.com disse...

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