terça-feira, 31 de agosto de 2010
HISTÓRIA DO PENTECOSTALISMO: PARTE 02
29 ANOS PARA A GLÓRIA DE DEUS!
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
CRIATIVIDADE: UMA RESPOSTA AO QUE DEUS É!
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
LIÇÕES BÍBLICAS PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: LIÇÃO 09 - JESUS, O CUMPRIMENTO PROFÉTICO DO ANTIGO PACTO
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Novidades surpreendentes na Arte de Aprender
HISTÓRIA ECLESIÁSTICA: PARTE 02
Quando a criatividade é construida a partir da intimidade com Cristo!
Intimidade com Deus é fazer as coisas simples da vida com Ele.
(AQUINO, 2009, p. 19)
O cristão que vive uma relação de intimidade com Deus se permite ser inundado pelas verdades acerca do quanto à presença divina pode influenciá-lo e levá-lo a realmente viver como homens e mulheres criados a imagem e semelhança de Deus. Card[1] busca entender a relação entre Cristo, o cristão e a criatividade e afirma que quando o ministro está em plena sintonia com os propósitos do Senhor, o inesperado começa a ter um espaço maior e eficaz no ministério. É a criatividade se desenvolvendo em terra fértil. Se Deus é criativo, aquele que nEle está e foi feito a sua imagem e semelhança também é criativo. No momento em que o ministro cristão se permite depender do Pai para as mais naturais tomadas de decisão no exercício de nossas funções eclesiais a criatividade passa a ser algo natural e esperado, e não mais algo inatingível.
Segundo Card[2], todas as formas de criatividade realizadas em obediência a sua ordem são formas de as pessoas se doarem e oferecerem-se em adoração ao Senhor. Quando um ministro do evangelho busca de forma criativa espiritualmente dependente de Deus servi-lo, há uma legítima experiência de adoração e amor ao grande Criador.
Para um cristão autêntico, o ministério é simplesmente uma outra palavra que define o viver uma vida de constante adoração e testemunho. (BEST.In CARD, 2008, p. 128)
Schaeffer[3] defende que a verdadeira espiritualidade é a expressão do poder de Cristo como mestre sobre o homem por completo. A criatividade no ministério cristão só será real no momento em que o ministro permitir que Deus seja senhor sobre todas as faces de sua existência e buscar uma verdadeira e intensa intimidade com o Criador. Nesse momento, o cristianismo passa a envolver o ministro cristão por completo e de forma integral para que a vida possa experimentar a verdadeira criatividade inspirado pelo Deus que é Criador. É importante evidenciar que todas as áreas de nossa vida devem estar debaixo do senhorio de Cristo, inclusive as artes. O ministro deve usar a arte para glorificar a Deus e não como algo que produz lazer, bem estar ou divulgação de uma mensagem. Logo, uma expressão artística pode ser em si mesma um ato de adoração e louvor ao Deus Criador!
Quando estamos firmemente fundamentados numa intimidade pessoal com a fonte da vida, é possível permanecer flexível sem ser relativista, convicto sem ser rígido, confrontar sem ofender, ser gentil e perdoador sem ser mole, e ser uma testemunha fiel sem ser manipulador. (NOUWEN, 2002, p. 24).
A intimidade com Cristo permite àquele que se dispõe a exercer o ministério cristão a possibilidade de ser flexível, convicto, corajoso, perdoador e fiel sem se deixar levar pela prática da abordagem relativista, rígida, ofensiva, gentil ou manipuladora. O ministro que se permite influenciar através da busca de uma relação mais próxima com o Criador, vai progressivamente sendo influenciado por uma nova forma de ver tudo o que o cerca. E é essa cosmovisão que proporcionará a ele uma nova fonte para as palavras, conselhos e tomadas de decisão. [4]
Essa relação possibilita, segundo Bomilcar[5], uma competência e profundidade no ministério que não pode ser medida pela experiência ou tempo de serviço. O que determina o fruto dessa relação é a qualidade de nosso relacionamento com Cristo. Quanto mais perto o ministro estiver do Criador, mais frutífero será seu ministério.
O Espírito Santo areja, traz sabor, beleza, dinâmica, substância e inspiração criativa que rega constantemente o ministro e o ministério, e impede ou pelo menos, atenua em muito uma possível superficialidade, aridez e rotina que caracterizam muitas vezes o profissionalismo das funções que acabamos exercendo. (BOMILCAR, In NOUWEN, 2008, p.13)
Quando o Espírito Santo tem a liberdade para participar da vida do ministro e do seu ministério o que começa a acontecer é uma grande transformação que, com inspiração criativa divina, combate a superficialidade, a aridez e a rotina que desgastam as funções ministeriais. O profissionalismo passa a ser parte de um sistema que precisa estar em equilíbrio na vida daquele que se propõe ao ministério. Uma situação de equilíbrio que só acontece quando a busca gradativa por uma espiritualidade sadia e uma maior intimidade com Cristo passa a fazer parte do cotidiano cristão.
Essa relação de equilíbrio só é boa no momento em que a balança permita que a sede pelo Criador ocupe mais espaço na vida do ministro do que a busca pelo profissionalismo, embora essa busca nunca possa ser negligenciada. Quando há a formação profissional para o ministério, que deve ser sempre continuada, o que acontece é que, submisso ao poder divino, o ministério cristão passa a ser algo sobrenatural e verdadeiramente impactante. [6] É o momento em que em conseqüência de um relacionamento sincero com Deus, as nossas falhas e imperfeições são percebidas[7], e o amor Divino está pronto a promover a restauração e provocar a criatividade que produz adoração ao Criador.
[1] CARD, 2008, p. 30.
[2] CARD, 2008, p. 30.
[3] SCHAEFFER, 2010, p. 45.
[4] NOUWEN, Henri. O poder do líder pentecostal. 2ª Edição. Belo Horizonte: Editora Atos, 2002. p. 24.
[5] BOMILCAR. In. NOUWEN, 2008, p. 14.
[6] NOUWEN, 2002, p. 24.
[7] AQUINO, Rodrigo de. Rascunhos da Alma. Joinville: Editora Refidim, 2009. p.24.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
UMA RESPOSTA AO QUE DEUS É!
Foi arte e foi teatro ao mesmo tempo, mas foi ainda mais. Foi o que Ele não disse que falou mais poderosamente à turba naquela manhã. Foi como um copo de água fria para uma adúltera sedenta e um jato de água fria no rosto para um grupo de fariseus furiosos.
Até hoje não temos a menor idéia do que Jesus rabiscou duas vezes na areia. Em geral tem-se feito a pergunta errada através dos séculos. Trabalha-se no conteúdo sobre o que ele poderia ter escrito. Pergunta-se o quê sem sequer perceber-se que a verdadeira pergunta deveria ser por quê? Não é o conteúdo que importa, mas o porquê? De Ele ter feito isso. Irritante. Criativo. (CARD, 2008, p. 17)
Schaeffer[1] defende que o fato de Deus ser o Criador de todas as coisas é a principal e primeira razão para valorizarmos a criatividade em todas as áreas da vida, inclusive na área ministerial. Para o autor, a própria vida do cristão deve ser uma obra de arte. Arte criativa em um mundo que está desesperado e perdido sem mais esperanças de viver a beleza que é conseqüência da ação divina.
Para Fujimura[2], “quando a nossa fé em Cristo é combinada com nossos próprios esforços humanos na criação, acaba-se criando uma forma mais diversificada e rica de comunicação”. Assim, quando o cristão se permite ser influenciado pelo Criador, ele produz os seus frutos por meio dos que buscam exercer um ministério mais rico e criativo.
O homem, ao perceber o que Deus é o que Ele representa, presencia o início de um processo que o impele a uma resposta apropriada a essa percepção. Nesse momento, a “criatividade é uma resposta”. (CARD, 2008, p. 29) O surpreendente Deus impele o ser humano a ser criativo e com essa criatividade adorar ao Criador.
Quando o ministro se propõe a viver a criatividade que glorifica a Deus, ele busca a prática da verdadeira espiritualidade que é o senhorio de Cristo sobre o homem de forma integral e, dessa forma, “a vida cristã deve produzir não apenas verdade, mas também beleza.” (SCHAEFFER, 2010, p. 40)
Se, segundo Schaeffer[3], o homem foi feito à imagem de Deus, ele possui a capacidade de amar, pensar, se emocionar e também de criar promovendo a verdadeira adoração. O Deus que fez as mais lindas obras de arte impele o ser humano a o adorar criando arte: Arte para a Glória de Deus! Então, se pode afirmar que a “adoração é a reação humana à iniciativa divina”. (FOSTER, 2007, p. 221)
Então é possível entender que a criatividade é adoração, se em sua essência, ela for uma resposta ao que Cristo representa na vida do cristão. Porém, Card[4] afirma que há, muitas vezes, grande dificuldade em perceber a ligação entre a adoração e o sentimento que impulsiona à criatividade e aponta como justificativa para essa dificuldade o fato de que elas estão intimamente relacionadas impedindo simples desconexão das duas realidades.
Oh! ’stou satisfeito com Cristo, porque Ele minh’alma salvou;
E sobre o madeiro, sofrendo, o Seu grande amor revelou.
Oh! ’stou satisfeito com Cristo, confesso-O por meu Salvador:
Embora de nada ser digno, desfruto do Seu grande amor.
Oh! ’stou satisfeito com Cristo, de triste, tornei-me feliz,
Ouvindo o Seu santo Evangelho, e crendo no que Ele me diz.
Oh! ’stou satisfeito com Cristo, e sei que vai logo voltar;
Virá com poder glorioso, a fim de Seu povo levar.
(Autor desconhecido, Estou satisfeito com Cristo, HC086)
Para Piper[5], a glorificação de Cristo na vida do ministro é diretamente proporcional ao grau de satisfação do crente com o Deus. Quanto maior a felicidade em servir e depender do Criador, mais intenso será o processo de adoração e glorificação do Senhor.
[1] SCHAEFFER, Francis. A arte e a Bíblia. 1ª Edição. Viçosa: Editora Ultimato, 2010. p. 45.
[2] FUJIMURA. In CARD, Michael. Cristo e a criatividade – Rabiscando na areia. 2ª Edição. Viçosa: Editora Ultimato, 2008. p. 09.
[3] SCHAEFFER, 2010, p. 45.
[4] CARD, 2008, p. 30.
[5] PIPER, John. Em busca de Deus. 2ª Edição. São Paulo: Editora Shedd, 2008. p. 37
EQUILÍBRIO PARA A GLÓRIA DE DEUS
E disse: Dai ouvidos, todo o Judá e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Josafá, ao que vos diz o SENHOR. Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus.
Tendo eles começado a cantar e a dar louvores, pôs o SENHOR emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os do monte Seir que vieram contra Judá, e foram desbaratados. (2 Cr 20.15 e 22. ARA)
No ministério cristão, o ser humano precisa permitir que Deus possa participar de forma ativa e plena de todos os momentos. Em uma situação de equilíbrio, os desafios a serem enfrentados são, em primeiro plano, de Deus. Conforme o texto acima citado, o SENHOR faz a diferença na batalha quando os que estão sob sua vontade se permitem por Ele serem guiados. Ao cristão, basta confiar e entoar louvores Àquele que peleja pelos seus. É o verdadeiro equilíbrio para a glória de Deus.
Quando me sinto fraco, não tendo mais vigor,
não vendo mais o brilho do sol, da clara luz;
Jesus está comigo, é meu Consolador;
Ele jamais me deixa, pois sempre me conduz.
Sua graça me basta a mim, sua graça me basta a mim;
Na vida d’aquém, no céu também, sua graça me basta a mim.
(VINGREN e EVANS, Sua graça me basta, HC079)
Para exercer um ministério cristão é exigida uma cuidadosa preparação tanto em termos de conhecimento e entendimento da Palavra de Deus quanto nas relações ministeriais pelas quais esta mensagem chega até o ser humano. Assim, ministério e espiritualidade precisam estar sempre unidos para que realmente a criatividade faça parte de nossas vidas como expressão e fruto de nossa relação com Deus dentro das funções ministeriais.